sexta-feira, 16 de agosto de 2013

São Paulo: a crise não tem fim

O mais novo capítulo da crise no São Paulo foi o empate do tricolor contra o Atlético Paranaense na 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Esse resultado só fez aumentar a crise que o time paulista vive extra-campo.

Um dos fatores centrais da crise é a política do clube que não está separando os departamentos de futebol e administrativo. Profissionais que sempre foram considerados como referência da fisioterapia do São Paulo foram desligados do clube por seu presidente. O ex-técnico Ney Franco, que também foi demitido pela Presidência, declarou que o goleiro e capitão do time Rogério Ceni tentou interferir em decisões técnicas como substituições que deveriam ser feitas durante um jogo.

A má fase do goleiro Rogério Ceni também tem contribuído com a crise, pois ele tem falhado em jogos importantes, além não estar cobrando faltas e pênaltis com sucesso. Estas cobranças bem feitas e convertidas em gols que foram sempre um diferencial que marcaram a carreira do ídolo são paulino não estão mais presentes e estão fazendo falta ao time.

A manutenção de Paulo Henrique Ganso na reserva do elenco é outro fator da crise. O meia custou uma fortuna e não tem sido aproveitado nos jogos. Quando eventualmente atua ele tem se mostrado um jogador muito abaixo daquele que encantou o Brasil em 2010 quando jogava pelo Santos. A aposta de Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, em Ganso foi um erro, pois o meia já tinha caído de produção e desde que chegou no São Paulo não tem  conseguido mostrar seu futebol.

Outra ponta do iceberg que tem contribuído para crise é o atacante Luiz Fabiano que tem apresentado problemas disciplinares e lesões. O técnico Paulo Autuori, a quase um mês a frente do time, ainda não conseguiu estabelecer um padrão tático, o que contribuído para essa sequência de resultados negativos,  que parecem não ter fim.

A excursão para a Europa também contribuiu para que o São Paulo se encontre na penúltima posição na tabela, com apenas 10 pontos. A viagem fez com que a equipe ficasse sem jogar pelo Campeonato Brasileiro por alguns dias no final de julho, o que proporcionou a seus adversários acumularem mais pontos.

O destino mais provável da equipe em 2014 será o rebaixamento para a serie B. É triste, para o futebol, que um dos times que já foi considerado como modelo de estrutura e administração desabe desta maneira.

Acredito que a solução deva começar pela troca de presidência no tricolor e os problemas técnicos poderão ser sanados com a melhora do ambiente de trabalho pelos lados do Morumbi.  


Marco Aurelio Condez
17/08/2013   

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